No novo show do Mawaca, ‘Nama Pariret’, o grupo recupera músicas antigas do seu repertório e traz também músicas inéditas que ainda não faziam parte das canções da banda.
Neste vídeo, as cantoras do Mawaca contam mais sobre esse novo trabalho que “canta as várias mulheres de vários países”, como define a cantora do Mawaca, Angélica Leutwiller.
“Este trabalho comemora os 21 anos do Mawaca e eu quis trazer de volta os primórdios do grupo que era, totalmente, a capella”, explica a diretora musical do Mawaca, Magda Pucci.
Diversas canções inéditas estão no repertório desse novo show, como o canto occitane ‘Tant Deman’; um tema das montanhas da Mongólia, conhecido como ‘Ga Da Meilin’; a polifonia vocal dos pigmeus Babanzele; o sonoro protesto das tabaqueiras sul-italianas (Fimmene) em conexão com as destaladeiras de fumo de Arapiraca; a orientalizada melodia sefardi ‘Dos Amantes’.
O show segue também com uma homenagem aos refugiados, com canções do último trabalho do Mawaca lançado em um CD-DVD, ‘Inquilinos do Mundo’. É de lá que saem múscas como o lamento haitiano ‘Mayi a Gaye’ e ‘Min Beryia’ do Curdistão.
Reunindo canções transmitidas pela tradição oral em arranjos que dialogam com a contemporaneidade, as seis cantoras – que também tocam percussões – conduzem o público por tradições mediterrâneas, africanas e asiáticas, resultado de extensa pesquisa realizada pela arranjadora e diretora musical do grupo Magda Pucci.
São temas ancestrais que possibilitam a pesquisa de sonoridades vocais múltiplas, explorando timbres vocais, criando estéticas sonoras únicas.
Assim como o repertório multiétnico do Mawaca, esse show também traz a diversidade no seu nome. ‘Nama’ é a força vital para a etnia Dogon, do Mali, país da África Ocidental, e ‘Pariret’ é o termo usado para se referir às coisas belas na visão dos Ikolen-Gavião de Rondônia.